segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ouvir ou não ouvir?


Simplesmente não quero ouvir!

Esse comportamento vem do achismo. Um achismo no qual a pessoa coloca um rotulo de certeza. E o rotulo de certeza permite todas as ações. O achismo rotulado de certeza permite que uma pessoa seja capaz de já saber o que o outro tem a dizer, permite a leitura de pensamento, a antecipação dos atos. Em outros casos, o achismo vem acompanhado de rotulações, no estilo –
“Não quero te ouvir porque voce pertence a outra classe social, raça ou credo”.
Racismo, classismo e achismo.
Vivemos numa era de dialogo e informação. Não nego que existam muitas informações inuteis, mas exceto aquilo que é gravação, cada vez que uma boca abre, o pensamento que precedeu pode ter sido diferente.
A questão da repetição merece uma reconsideração, pois já vi comerciais em que eles utilizam a mesma propaganda, e apenas no final colocam – Agora, com desconto de 20%!
E aí acontece... por conta do achismo de “eu já sei o que voce vai dizer” ou “já vi esse bla-bla-bla antes” uma informação importante passa despercebida.
Conhecimento, informações, toques, ponto de vista, desabafos, ofertas, noticias – ambito pessoal e comercial.
Podemos ouvir as coisas sem medo, porque nosso cerebro tem condição de descartar o que é inutil (e pasmem! As vezes descarta até o que é útil!).

Conversar e trocar informações é o que faz de nós, humanos, seres sociais. Pela vida afora, muita informação é trocada, e muita decisão tomada. Claro que existe muita coisa que não merece ser ouvida ou relevada, dependendo da fonte. Prefiro as informações que venham de fontes confiaveis, ou de suas origens. Ou a dualidade que permita comparações.

Não quero dizer com isso que toda fonte, informante ou informação deva ser analisada, mas que o cenceito que temos por determinada fonte, deve ser constantemente reavaliado. Um exemplo disso, é o caso da marca CCE. Durante um periodo a marca teve respeitabilidade, depois entrou numa fase de descredito, tanto que CCE passou a ser lido como “Conserta, Conserta, Estraga”ou “Começou Comprando Errado”. Recentemente me falaram que a fabrica passou por sérios processos de melhorias, e que a qualidade esta dentro de padrões aceitaveis. Não sei. Ouvi isso mas ainda não conferi. A questão de porque mantiveram o nome depois de tanto desgaste, e as estratégias de marketing... bom isso daria uma tese. Mas o fato é que, se eu estivesse precisando de um novo aparelho de som, faria uma nova analise nessa marca.

Essa informação que me deram sobre a CCE (e que ainda não me dei ao trabalho de ir ao google e ver o que dizem por aí), merece uma analise – Marcas mudam, pessoas mudam, qualidade muda. Tudo pode ir do céu ao inferno. O que foi bom e passou a ser ruim, pode voltar a ser bom. Por isso que... Informações merecem ser ouvidas!
Se ainda tivessemos a imagem do FIAT 147 na mente, e não permitissemos que a montadora mostrasse seus novos produtos, a Fiat teria fechado suas operaçoes, e hoje não teriamos o Punto.

O recado é esse. Produtos mudam, pessoas mudam. Tudo passa por ciclos. Coisas começam, decaem, mudam de nome, de titulo, melhoram, tem ceus e infernos... pessoas tambem são assim, aprendem, crescem, apaixonam, amam, sofrem, entram em conflitos externos e internos, libertam-se, amadurecem, odeiam, são indiferentes.... processos de mutabilidade.
Portanto, mantenha ouvidos, mente e coração abertos, porque o recado pode ser – hey! Voce é livre!

:)