quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

é simples assim...


"O amor, para mim, só pode ser expresso pelas artes e viajado pela poesia. Mas falar científica ou literariamente do amor e explicá-lo psicologicamente não significa absolutamente saber o que ele é e como ele funciona. Descubro ser o mistério a sua natureza mesma.
Desvendá-lo é assassiná-lo. Só podemos, pois, senti-lo, jamais compreendê-lo. Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo já não está amando. Procurei resumir assim, minhas conclusões: do amor só se pode fazer necrópsia, jamais biópsia."

Roberto Freire

Não adianta querer explicar nada.
As coisas enquanto acontecem, só podem ser vivenciadas. Experimente os momentos, se forem agradáveis - continue. Se não forem siga outro caminho.
Muitas pessoas passam pela vida, achando que as boas experiências são utopias, e que a busca por uma vida lúdica é algo fantasioso. Discordo disso – a felicidade é interna e a busca está na procura e no usufruto.
A tristeza reside numa fantasiosa preocupação de “encontrar-agradar-ser-... e muitas outras interrogações”. Aquele mundo de duvidas que deturpa a visão. Explicando, as melhores coisas são simples e grátis – amor, afeto, sorrisos, simpatia, natureza – e quando a pessoas tentam maquiar sua essência aderindo a todo aquele bombardeio de marketing capitalista, acabam mostrando algo diferente. Mostram seus silicones e botox, grifes, marcas e tecnologias, e o ser humano fica em outro plano.
O consumo mostra o ter e não o ser. A artificialidade incorporou o ser dentro do ter.
E o que isso tem a ver? Tudo! As pessoas passaram a ver seus semelhantes através de esboços do ter. E lá se foi a ludicidade que levava ao utópico mundo em que éramos simplesmente pessoas.
Por mais que eu queira ser diferente disso tudo, me esbarro com pessoas que querem apenas o ter. Um mundo ilusório onde coisas intangíveis são mensuradas e negociadas.
Estão matando a humanidade que ha dentro de nós. Em breve seremos analisados em biopsias.
Como disse também Roberto Freire – “O contrário da morte não é a vida, é o amor.“ e “Isso de a gente querer ser exatamente o que a gente é, ainda vai nos levar além.”
Vida, amor e riso!
As possibilidades são infinitas em nossas essências.
E ainda citando o mestre Freire – “Vamos brincar de imaginar um mundo diferente? As pessoas deixam de ser coisas e passam a ser gente!“

Simples assim!

Nenhum comentário: